Uma das razões apontadas pelo EIU para a previsível contracção do PIB em 2019 é o facto de durante o corrente ano o governo de Macau não ter feito grandes investimentos em obras públicas e não estar previsto a abertura de qualquer novo casino ou “resort”.
O EIU refere, no entanto, que a economia de Macau deverá voltar a crescer 1,6% em 2020 ano em que se espera se iniciem novos projectos de obras públicas nomeadamente no sector da habitação social, dos transportes e infra-estruturas. Anteriormente o EIU apontava para um crescimento da economia de Macau na ordem dos 3.8% em 2020 valor que é agora reduzido.
A análise do EIU considera, no entanto, que estes novos projectos de que destaca a nova zona de aterros junto ao terminal da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, o futuro hospital no Cotai e o início das operações do metro ligeiro de superfície na Taipa, não trarão alterações substanciais no PID de Macau até ao final de 2020.
O documento considera ainda que o investimento em 2019 cairá 28,9% muito acima das anteriores previsões que apontavam para uma queda de apenas 4,1%.
O documento assinala também que a queda do crescimento económico da China terá impacto na economia de Macau, nomeadamente junto dos casinos de Macau, onde os turistas do continente irão certamente apostar menos. A abertura prevista do Grand Lisboa Palace da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), no Cotai, prevista para o inicio de 2020 poderá ajudar a que a queda do crescimento de Macau não seja, no entanto, tão acentuada.
O EIU refere igualmente que as seis licenças dos operadores de jogo que possuem casinos em Macau deverão ser renovadas em 2022 mas por um período inferior aos actuais 20 anos e afirma estar convicto que não serão concedidas mais licenças de jogo.