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Em 2017, o Porto de Maputo, em Moçambique, registou um movimento de carga de 18,2 milhões de toneladas, mais 22% do que no ano anterior, refere um comunicado da própria autoridade portuária. De acordo com esta, o aumento deve-se à dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao porto que, concluído em Janeiro de 2017, permitiu “um aumento de 40% da capacidade de carga em Maputo e de 55% da capacidade de carga na Matola”, afirmou o Director Executivo, Osório Lucas. “O valor máximo de carregamento até hoje foi de 96.400 toneladas de magnetite pelo navio MV AMANI”, adiantou.

Até então, o porto tinha um canal a -11 metros, o calado máximo dos navios em Maputo e Matola rondava os 12,20 metros e a média máxima de carregamento nos navios variava entre 50 mil e 55 mil toneladas. No entanto, em 2016, o porto recebeu 955 navios e em 2017 recebeu apenas 896, ou seja, 59 navios a menos, mas mais 3,3 milhões de toneladas de carga.

Em Julho de 2017, também o Terminal de Carvão da Matola (TCM) inaugurou a reabilitação do cais, que incluiu um aprofundamento para 15,4 metros. O TCM tornou-se o primeiro cais a operar com navios até 275 metros de comprimento, 14,5 metros de calado na maré baixa e 15,5 metros na maré alta, com uma média carregamento de 85 mil toneladas. E o facto de o transporte ferroviário da Transnet para o terminal se ter qualificado em 2017, simultaneamente com a reabilitação do cais, fez com que o terminal atingisse um volume recorde de carga movimentada de 5,3 milhões de toneladas.

Desde 2017 que a autoridade portuária de Maputo está a fazer nova reabilitação no terminal de contentores da DP World Maputo, que se prevê que possibilite a entrada de 250 mil TEUs para o primeiro semestre de 2018, em detrimento dos 150 mil TEUs de outrora. “Este é um projecto de grande envergadura e marca os últimos grandes passos definidos pelo Director para o porto de Maputo. A reabilitação irá não só criar cais com fundos até -15 metros, como irá melhorar a taxa de ocupação dos cais através da criação de uma maior área de atracação”, esclareceu Osório Lucas.

Também em 2017, o manuseamento de carga pela via ferroviária aumentou. “O ferro-crómio e crómio cresceram quase 100% (de 411 mil toneladas em 2016, para quase 1 milhão em 2017)”, segundo comunicado. “Em conjunto com os CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique), continuamos a trabalhar para melhorar eficiências e promover um maior equilíbrio entre a carga ferroviária e rodoviária. Acreditamos que as várias iniciativas desenvolvidas em 2017 terão um impacto directo no crescimento dos volumes ferroviários deste ano”, acrescentou o Director Executivo.

Para a recepção de cruzeiros, cuja época alta é de Novembro a Abril, o porto já iniciou obras relativas a um terminal dedicado aos passageiros, previsto para Março de 2018. O projecto, integrado numa transformação de um armazém em refeitório e zona de serviços para os funcionários do porto, irá permitir receber os passageiros.

Fonte: Aplop, 07/02/2018

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