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Os países de língua portuguesa estão muito interessados em financiamentos infra-estruturantes e de desenvolvimento pelo que se torna necessário pensar num instrumento alternativo ao actual Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa com outras características nomeadamente prazos mais alargados,  defendeu o Secretário-Geral adjunto do Fórum de Macau.

Rodrigo Brum, numa entrevista ao semanário Plataforma, por ocasião dos 15 anos do Fórum de Macau, considerou que  existe um desconhecimento por parte dos empresário e dos países das características do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento  entre a China e os Países de Língua Portuguesa e dos seus mecanismos de funcionamento.

“O Fundo para a Cooperação e Desenvolvimento é um instrumento de capital de risco – venture capital puro e duro – com as características internacionalmente reconhecidas para tal: entrada no capital das empresas, com uma participação minoritária, com previsão de saída a prazo de cinco, seis ou sete anos, com retorno do capital investido e uma taxa de rentabilidade pré-estabelecida” disse Brum.

Segundo o Secretário-Geral adjunto do Fórum de Macau trata-se de “um instrumento de financiamento para empresas com grande dinamismo e previsão de lucros elevados e num curto espaço de tempo. Mesmo que haja lugar a um melhoramento do seu funcionamento, deverá ser utilizado como tal por projectos dinâmicos em alguns dos países com economias mais fortes.” considerou o mesmo responsável da instituição.

Rodrigo Brum revelou ainda que está previsto que “a partir deste ano haja missões do Fórum de Macau  a todos os oito países de língua portuguesa, evitando que se mantenha a situação actual em que  se verifica haver  países que não são visitados há quatro e mesmo cinco anos. Pretende-se, assim, reforçar a ligação com todos e cada um dos países, melhorando o conhecimento nesses mesmos países dos mecanismos do fórum e das  oportunidades existentes no mercado chinês.”

Referindo-se ao facto de nem todos os países estarem representados em permanência no Fórum de Macau, o Secretário—Geral adjunto disse que o que está verdadeiramente em causa é a compreensão das vantagens que pode ter uma plataforma de interesses comuns dos países de língua portuguesa em matéria de cooperação económica e comercial pode ter.

“Estes oito países de língua portuguesa  estão reunidos em diversos organismos multilaterais, mas nenhum outro tem como razão de ser estes objetivos centrados no desenvolvimento das suas economias, na actividade de negócios das suas empresas, investimentos e aumento das trocas comerciais entre si. E, para mais, este fórum está precisamente situado em plena economia do século XXI, a China, que mantém presença activa no Fórum e nas suas actividades.” assinalou.

Rodrigo Brum, na entrevista ao semanário de Macau, defendeu ainda que a plataforma que o Fórum de Macau proporciona não deverá ser desprezada, “quer para um enorme conjunto de Pequenas e Médias Empresas brasileiras que poderão beneficiar das vantagens da aproximação por Macau, nomeadamente à cada vez mais estruturada Área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, quer até para o desenvolvimento de negócios com os restantes parceiros do Fórum.”

Fonte: Macauhub, 19/03/2018

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