Sigame

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reiterou, na última sexta-feira, que não vai retomar o apoio a Moçambique em 2018, se não se clarificarem as lacunas existentes no relatório de auditoria às dívidas ocultas. Reagindo à situação, nesta segunda-feira, o economista moçambicamo Constantino Marrengula disse que os pronunciamentos não são animadores, face às expectativas de recuperação económica, contudo, considera ser altura de o país se reestruturar como economia, traçar prioridades e alocar melhor as despesas públicas.

“É o momento certo de se pensar globalmente numa reforma fiscal que faça o país mais autônomo. Porque ainda temos muito espaço fiscal de tributação que não está a ser aproveitado”, disse, acrescentando que ainda há espaços por se esxplorar. “Continuo a pensar que tem de se olhar para este momento como uma oportunidade de começarmos processos de reforma interna, porque ainda há capacidade dentro do país, de andarmos com os nossos próprios pés”, reiterou.

Marrengula considera que a base de tributação ainda e vasta e deve ser explorada, de forma a que. Mas para que tal ocorra, o docente universitário põe à prova a capacidade dp governo em gerir os processos. “Vai depender muito da capacidade de o Governo ter alternativas sustentáveis, de longo prazo. Poderá depender do que vai acontecer na bacia do Rovuma, do ponto de vista das negociações que vão ocorrer e das possibilidades de mais-valias”.

Outra forma de alargamento da base tributária para tapar o défice orçamental, defende o economista, é a Autoridade Tributária apertar o cerco para as empresas que fogem ao fisco. E aponta igualmete a actuação no Banco de Moçambique no processo. “O finaciamneto inflaccionário vai continuar a ocorrer, porque na falta de recusros públicos, precisaremos da resposta do Banco Central, que tem que encontrar formas de assugurar que a economia funcione sem muitos percalços”.

Embora acredite na possibilidade de uma gestão económica sem bastante apoio, Marrengula alerta para o risco que o Governo corre, caso a situação não ocorra. “Se não há recursos para investimentos, o Governo pode não estar em condições de honrar comos seus compromissos e isso pode trazer consequências como falências e desempregos”.

Sobre a condição que o Fundo Monetário Internacional impõe par retomar o apoio ao país, Constantino Marregula refere que o Governo deve encontrar alternativas viáveis para enfrentar a situação, visto a auditoria não ter sido a única condição imposta mas também as consequências que dela poderiam advir. Do contrário, volta a reiterar a reforma fiscal no país.

O não financiamento do FMI coloca em causa a credibilidade do país face aos outros doadores internacionais, sobretudo ocidentais. Havendo necessidade, destaca o economista, o país pode recorrer a outros financiamentos como o da China ou outras economias que não estejam directamente ligadas ao FMI.

Fonte: O País, 16/10/2017

Efetuar Login

Ainda não tem acesso? Registe-se

Esqueceu a sua password? Recuperar Password

Agendar compromisso

Tipo de contacto *

Data/Hora *