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O futuro programa de cooperação de Portugal com Timor-Leste terá um modelo com mais partilha de responsabilidades e dando crescente papel às parcerias económicas.

O futuro programa de cooperação de Portugal com Timor-Leste terá um modelo “mais estratégico”, com mais partilha de responsabilidades e dando crescente papel às parcerias económicas, disse à Lusa a secretária de Estado da Cooperação portuguesa. “Vamos ter um modelo de cooperação que é mais estratégico, mais exigente na partilha de responsabilidade e na apropriação que queremos que seja feita dos projetos”, disse à Lusa em Díli a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (SENEC), Teresa Ribeiro. “São relações muito menos assimétricas, muito menos vocacionadas para a ajuda de emergência, para a ajuda humanitária, e já baseadas mais em parcerias económicas que são muito importantes para o desenvolvimento do tecido empresarial de Timor-Leste”, frisou.

Teresa Ribeiro falava à Lusa à chegada a Díli para uma visita de quatro dias durante a qual reunirá com vários ministros timorenses em áreas como a administração estatal, justiça, educação, defesa e negócios estrangeiros. Durante esta visita vai começar-se a desenhar o futuro programa e modelo de cooperação, entre outras matérias.

 No final de 2017 termina o atual programa indicativo de cooperação de Portugal com Timor-Leste, no valor de 45 milhões de euros e que será agora avaliado, explicou Teresa Ribeiro, para se poder “perspetivar o futuro da cooperação” em moldes diferentes.

Teresa Ribeiro destaca o facto de parte da cooperação portuguesa ser articulada com outros parceiros internacionais, como é o caso da União Europeia (UE), em setores importantes como o da justiça. “Há aqui toda uma nova filosofia que é preciso vazar nas discussões e é preciso que essa mesma filosofia conforme o futuro da nossa colaboração e da nossa cooperação com Timor-Leste”, disse. “Temos também uma componente muito orientada para o investimento privado porque isso é essencial, alias em sintonia com o que são hoje as orientações da agenda multilateral, da agenda 2030”, sublinhou.

A SENEC considera que é necessário alterar a relação com os países parceiros, procurando “mobilizar investimento privado, garantir apropriação e construir um modelo baseado em benefícios mútuos e partilha de responsabilidades”.


Fonte: Observador, 01/02/2017

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