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O líder do MPLA, partido no poder em Angola, disse hoje que a tendência da baixa do preço do petróleo não deve desanimar, porque "é nas dificuldades que se aguça o engenho".

João Lourenço discursava na VI reunião ordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a primeira que dirige desde que assumiu a liderança do partido, em setembro passado.

Segundo João Lourenço, a baixa do preço do barril de petróleo no mercado internacional, preço de referência para o Orçamento Geral do Estado (OGE), deve aumentar a determinação em apostar na produção interna e no consequente aumento das exportações, bem como na redução das importações.

Há um ano poder, o também chefe de Estado angolano, lembrou que, durante esse período, procurou criar um melhor ambiente de negócios, através de medidas de moralização da sociedade angolana, da aprovação de um conjunto de leis para pôr cobro à existência de monopólios, para acabar com a concorrência desleal, para facilitar o processo do investimento privado, particularmente o estrangeiro, e para isentar ou agilizar ao máximo o processo de concessão de vistos, sobretudo para os investidores.

Explicou que a diplomacia económica no exterior, mais virada para mobilização do investidor estrangeiro, foi também uma das suas ações, devendo ser continuada a outros níveis do executivo, da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), das missões diplomáticas e da comunicação social.

O presidente do MPLA referiu que estão em curso negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), "em condições consideradas não só aceitáveis, mas sobretudo recomendáveis para a credibilidade de Angola" junto dos credores e organismos financeiros internacionais.

De acordo com o líder do MPLA, partido no poder desde 1975, ano da independência do país, todas as ações realizadas até agora "visam preparar as condições que hoje parecem reunidas" para, a partir de 2019, Angola "dar um salto no que diz respeito ao aumento da oferta de bens, serviços e geração de empregos".

"A tendência de baixa do preço do barril do petróleo não nos deve desanimar, antes pelo contrário, devemos ter sempre presente que 'são as dificuldades que aguçam o engenho' e, com isso, aumentar a nossa determinação em apostar na produção interna de consequente aumento das exportações e redução das importações", disse João Lourenço.

O Governo angolano projetou o preço do barril de petróleo em 68 dólares como base do OGE para o exercício económico de 2019 por estar abaixo do estimado (70 dólares), por várias organizações financeiras internacionais.

"O preço do barril do petróleo tem estado a oscilar, nunca temos um preço em definitivo. O OGE (para 2019) foi projetado com base num preço de referência de 68 dólares, e isso porquê? Porque todas as empresas que fazem a avaliação do preço indicavam que o preço estaria no mínimo a 70 dólares, incluindo o FMI e Banco Mundial. Daí dos 68 dólares", disse à agência Lusa, esta semana, o secretário de Estado dos Petróleos.

Na agenda de trabalhos da VI reunião ordinária do Comité Central do MPLA consta, entre outros assuntos, a análise ao OGE para 2019.

Fonte: Sapo Notícias, 30/11/2018

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