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O governo da Guiné Equatorial cedeu nesta sexta-feira a São Tomé e Príncipe uma embarcação com capacidade para mais de 300 toneladas para fazer a ligação entre as duas ilhas, devendo fazer ainda esta noite uma primeira viagem.

"Estamos a assistir ao esforço do Governo para encontrar soluções a esta limitação que nós temos de transporte de mercadorias para a região autónoma do Príncipe", disse o ministro das Infraestruturas, Obras Públicas e Recursos Naturais, Osvaldo Abreu, que se deslocou ao cais para receber a embarcação.

O cargueiro, de nome "Elobey VII", permanecerá no país durante um mês para assegurar a ligação entre as duas ilhas, estando prevista para finais de julho a vinda de uma outra embarcação de cargas e passageiros que deverá permanecer por tempo indeterminado em São Tomé.

A embarcação, semelhante ao "Amfitriti" que naufragou no passado dia 25 de abril, causando oito mortos e nove desaparecidos, vai estar ao serviço do país em fase experimental, para estudar as condições de navegabilidade, e deve depois ser substituído por uma outra com capacidade para passageiros e cargas.

"O navio vai fazer uma primeira viagem para testar a rota, e ter todos os elementos necessários para poder atuar com outras embarcações que também estão disponíveis e estão a ser preparadas para melhor adequar as nossas realidades", explicou Osvaldo Abreu.

Transporte de carga

O "Eboley VII" está adaptado somente para transporte de cargas que, segundo o governante, é o que mais falta faz nesta fase, para abastecer o mercado da Região Autónoma.

"Nesta primeira fase nós tomamos todas as medidas para garantir a segurança dos nossos cidadãos e enquanto nós não tivermos todos os elementos instalados que nos garanta esta segurança nós vamos restringir o transporte de passageiros", explicou o governante.

A embarcação pertence a uma empresa privada equato-guineense que, de acordo com Osvaldo Abreu, "já faz o transporte de mercadorias e de passageiros" entre a Guiné Equatorial e as diversas regiões e ilhas deste país, adiantando que São Tomé e Príncipe "deverá fazer parte deste circuito".

Osvaldo Abreu aproveitou a ocasião para anunciar que as negociações com a Guiné Equatorial visa assegurar também a ligação aérea e marítimas entre as duas ilhas.

"A intenção também é esta, incrementar o comércio entre os dois países arquipelágicos, em cooperação com alguns agentes. Estamos a trabalhar para que brevemente se possa fazer aos nossos céus uma empresa da Guiné Equatorial que ligará as ilhas de São Tomé e Príncipe por via aérea", disse Osvaldo Abreu.

Atualmente, essa ligação é assegurada pela STP Airways, em voos operados pela portuguesa EuroAtlantic Airways - que também assegura a ligação entre Portugal e São Tomé -, mas o Governo são-tomense já anunciou a intenção de terminar essa parceria até outubro.

Fonte: Plataforma, 29/06/2019

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