Sigame

A economia de Moçambique deverá recuperar ligeiramente em 2017 com um crescimento de 4,2%, depois de em 2016 ter registado o mais baixo crescimento dos últimos 16 anos, com uma taxa de 3,6%, de acordo com o relatório produzido em Fevereiro pela Economista Inteligence Unit (EIU).

Os analistas da publicação dizem ainda que o maior crescimento económico a ter lugar este ano estará assente na exploração dos recursos minerais, caso do carvão, que deverá registar um aumento substancial devido ao aumento dos preços, da maior procura por parte das empresas da Índia e dos esforços das próprias empresas realizados em 2015/2016 no sentido de melhorarem a respectiva eficiência.

A produção de óxido de titânio também deverá aumentar com as empresas, caso da Kenmare Resources que explora depósitos de areias pesadas em Moma, Moçambique, a querer obter benefícios económicos do aumento dos preços nos mercados internacionais.

Em termos estritamente domésticos manter-se-á a austeridade fiscal, as dificuldades na obtenção de divisas e uma inflação elevada ajudarão a reduzir a procura doméstica, havendo ainda a assinalar que a volatilidade financeira e o risco político ajudarão a fazer com que o investimento se reduza ainda mais.

Embora 2017 deva ser o ano em que a economia de Moçambique recomeçará a crescer um nível mais elevado, o crescimento que a EIU espera venha a ter lugar no período de 2018 a 2021, com uma média de 5,1% em termos reais, ficará muito abaixo da média de 7,3% registada no decénio de 2005/2015.

Os técnicos da EIU adiantam neste relatório, a que  a Macauhub teve acesso, que a austeridade fiscal continuará a limitar o desenvolvimento das empresas de construção civil e de serviços que centram a sua actividade na realização de obras públicas, podendo no entanto haver algum investimento por parte de empresas que operam neste dois sectores.

A expansão gradual das culturas de rendimento estará na base do crescimento do sector agrícola que continuará, no entanto, condicionado pelo facto de estar baseado em pequenas explorações agrícolas, na sua maior parte de subsistência.

A EIU antecipa ainda que até 2021, o último ano contemplado neste documento, não haverá grande desenvolvimento nos projectos de exploração de depósitos de gás natural na bacia do Rovuma, “atendendo à complexidade técnica desses projectos e ao facto de o mercado internacional de crédito estar relativamente limitado.” 

Fonte: Macauhub, 21/02/2017

Efetuar Login

Ainda não tem acesso? Registe-se

Esqueceu a sua password? Recuperar Password

Agendar compromisso

Tipo de contacto *

Data/Hora *