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De acordo com a coordenadora da ONU Mulheres em Cabo Verde, Vanilde Furtado, Cabo Verde é um bom exemplo no mundo a nível de políticas de igualdade de género e de promoção de direitos das pessoas LGBT.

Constatação feita esta quinta-feira na Cidade da Praia durante o encontro de reflexão e de partilha sobre os “avanços e os desafios que ainda persistem”, promovido pela ONU Mulheres, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje sob o lema “A hora é agora: activistas rurais e urbanas transformando a vida das mulheres”.

Vanilde Furtado afirmou que a reunião visa lembrar não só a luta de descriminação contra as mulheres, mas também agradecer a todos aqueles que estiveram envolvidos neste projecto que contribuiu para o país alcançar patamares e tem tido repercussões noutras partes do mundo.

“O vosso contributo tem sido determinante para os avanços conseguidos até agora quer a nível da sub-região quer da comunidade lusófona, mas também lá fora. Cabo Verde tem sido referenciado pela robustez da lei de Violência Baseada no Género (VBG), pelos ganhos em matéria de educação a nível da saúde sexual e reprodutiva, por iniciativas como a questão do observatório do género, orçamentação sensível ao género e pela campanha livre e iguais de promoção de direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros (LGBT)”, referiu.

Para a coordenadora da ONU Mulheres, cada um tem dado o seu contributo no sentido de manter ao longo do tempo a agenda viva, vigorizada e cada vez mais determinante, não só pelo trabalho desenvolvido que é fundamental, mas também pela dedicação e presença que tem ajudado a sonhar e acreditar que é possível projectar e fazer muito mais para que todas as mulheres e meninas possam viver a própria vida com dignidade, respeito e igualdade.

Segundo Vanilde Furtado, apesar dessas referências, o facto é que falta ainda fazer muito mais, pois ainda existem desafios grandes, lapsos alarmantes, desigualdades acentuadas e disparidades.

“Estamos a viver um momento sem precedentes de movimentos globais, vibrantes e até virais em prol dos direitos das mulheres, da igualdade e da justiça, mas temos assistido também a uma co-tangente de união de forças entre mulheres e homens de todo o mundo demonstrando o poder de falar a uma só voz para exigir oportunidades iguais e responsabilidades partilhadas impulsionado não só por forças de associações de base, mas também de coligações que se estendem às mais altas lideranças do país”, realçou.

Na ocasião, reconheceu que o feminismo é necessário e pertinente e que é o alicerce que sustenta a ONU Mulheres.

Para terminar, deixou uma citação da directora executiva da ONU Mulheres no âmbito da sua mensagem alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, que afirma que “se queremos passar da promessa de desenvolvimento sustentável à realidade dos factos, se não queremos deixar ninguém para trás, precisamos é de uma acção urgente em matéria de igualdade de género e empoderamento das mulheres. Temos também que nos movimentar rapidamente em direcção das soluções e construir solidariedade entre as mulheres”.

“O movimento feminista deve continuar a aumentar a diversidade e o número de pessoas que trabalham na igualdade de género, trazendo indivíduos e grupos como homens e meninas, jovens e organizações religiosas para apoiar e moldar a agenda”, apontou.

Durante o encontro, foi feita a apresentação do relatório da ONU Mulheres intitulado “Transformando Promessas em Acção: Igualdade de Género na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, o documento de posicionamento comum de África e recomendações para a promoção dos Direitos das Mulheres vivendo em áreas rurais.

Fonte: Notícias do Norte, 09/03/2018

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